Santa Catarina encerrou o mês de julho com saldo positivo de 10.044 novos postos de trabalho formais, o segundo crescimento desde o início da pandemia no Estado, apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Em junho, foram 3.301 novas vagas. Mas essas altas ainda não foram suficientes para superar as perdas com a crise. De janeiro a julho, o saldo do Estado é de -45.095.
No Brasil, foram 131.010 novas vagas, o primeiro resultado positivo desde a chegada da pandemia. SC ficou em terceiro lugar no ranking. São Paulo lidrou com a abertura de 22.967 novas vagas, seguido por Minas Gerais 15.843 e, SC, com mais de 10 mil.
De acordo com balanço do Caged, no mês de julho, a economia catarinense realizou 70.388 contratações e 60.344 desligamentos. Gerou maior saldo positivo de vagas na indústria, com 7.672, seguida pelo comércio com 1.443, construção civil 1.199 e agropecuária mais 26. Os serviços foram o único setor com saldo negativo, -296 vagas.
Nos sete meses de janeiro a julho, SC registrou 533.581 admissões e 577.676 demissões. No período, o único setor que teve saldo positivo foi a construção civil, com acréscimo de 1.999 novas vagas. Nesse período, o comércio sofreu mais e dispensou -23.834, seguido por serviços -17.411, a indústria fechou -5.627 e a agropecuária -222. O fundo do poço para o emprego formal catarinense foi no mês de abril, quando as empresas fecharam 76.797 vagas. O segundo mês pior foi março, com a perda de 23.916 e depois veio março, com a perda de 7.695 postos de trabalho.
Considerando as cidades regionais mais importantes do Estado, Florianópolis, que depende mais de serviços, foi a única a apresentar desepenho negativo no emprego em julho. Teve saldo de -557 vagas, resultado puxado pelos serviços que fecharam 571 postos formais. Joinville, a maior cidade do Estado criou, 711 novos empregos, e Blumenau abriu 626 vagas, ambas puxadas pela indústria. São José teve acréscimo de 317 com mais vagas nos serviços, Chapécó criou 180 empregos com crescimento maior da indústria, construção e comércio. Criciúma abriu 499 novos e Lages teve acréscimo de 116 vagas, com maior força da indústria.
A expectativa é de que em agosto o Estado tenha resultado positivo novamente em função do nível de atividade econômica frente a órgãos reguladores. Poutos setores seguem parados em função do novo coronavírus.
Foto: Diorgenes Pandini
Fonte: NSC Total – DC – Por Estela Benetti