Uma grande operação de segurança foi montada para acompanhar o transporte do novo caça da Força Aérea Brasileira, o recém-chegado FAB 4100, entre a Portonave e o Aeroporto de Navegantes nesta madrugada. A aeronave, que custa pelo menos US$ 60 milhões – o equivalente a mais de 320 milhões de reais – foi rebocada pelas ruas da cidade.
A escolta contou com 140 agentes de segurança, entre militares da Aeronáutica, policiais militares e guardas municipais. As vias foram fechadas no trecho de dois quilômetros entre o porto e o aeroporto para que o avião pudesse passar, incluindo a via portuária e um trecho da BR-470.
A operação era sigilosa, mas muitos curiosos apareceram para ver o caça de perto. As imagens do transporte chamam atenção, porque se trata de uma aeronave sensível e valiosa. O avião passa por trechos de estrada irregular e estreita.
Em algumas partes do vídeo, a estrutura da aeronave parece estar a menos de um metro de postes e muros.
As cenas, divulgadas nas redes sociais, também mostram que o avião tinha um piloto na cabine durante todo o trajeto. Para que o caça entrasse com mais facilidade no aeroporto, foi aberto o muro o terminal e instalado um portão, em área com acesso restrito.
O avião deve permanecer no Aeroporto de Navegantes até sexta-feira (25), quando decolará em direção ao Aeroporto de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, onde fica uma planta industrial da Embraer.
O FAB4100 chegou a Navegantes de navio, no último domingo (20). É o primeiro de uma série de 36 aeronaves encomendadas em 2014 pelo governo brasileiro à empresa sueca SAAB.
O contrato, firmado no governo Dilma, prevê transferência de tecnologia entre a Suécia e o Brasil – o modelo original, que chegou a Navegantes, dará origem a uma outra aeronave, com dois assentos, que será construída em parceria entre a SAAB, a Embraer e outras duas empresas.
A decisão de trazer o avião a bordo de um navio levou em conta a necessidade de alguns ajustes. O avião será apresentado oficialmente em Brasília, no dia 23 de outubro.
Fotos: Reprodução / PMSC
Fonte: NSC Total – Dagmara Spautz – Por Dagmara Spautz