Esta quinta-feira (13) pode ser o dia mais frio de 2021 até o momento, alerta meteorologia.
Esta quinta-feira (13) deve ser o dia mais frio da semana — e talvez do ano — em Santa Catarina, com temperaturas negativas em algumas cidades. A frente fria que cobre o Estado se desloca para o Sudeste e dá lugar a uma massa de ar frio e seco. Ou seja, o termômetro despenca, mas o sol ameniza a sensação de frio.
Mesmo assim, a madrugada e manhã devem variar entre – 3ºC e 9ºC na maioria das regiões. Com o inverno ‘dando as caras’, infectologistas alertam para os cuidados com doenças respiratórias em meio à pandemia do coronavírus. ]
As informações são da meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima. Ela explica que essas quedas nas temperaturas ficam mais frequentes nesta época, com a aproximação da estação mais fria do ano. A tendência é que toda semana alguma massa de ar mais frio passe pela região Sul e force a retirada de casacos do armário.
Nesta quinta, a Serra Catarinense é a região que deve ter a mínima mais baixa, de – 3ºC. Urupema, que já registrou temperatura negativa neste ano, pode superar a própria marca. A meteorologista não descarta a possibilidade de geada. Nas demais regiões o termômetro varia entre 2ºC e 13ºC.
No Oeste, a mínima fica em 2ºC; no Planalto Norte, Vale do Itajaí e Litoral Sul, 6ºC. A Grande Florianópolis amanhece com 9ºC. O Litoral Norte é o que terá o começo de dia menos frio, com 13ºC. As máximas em todos os municípios não deve ultrapassar os 22ºC. O sol também aparece em todo o Estado.
— Essa massa de ar frio e seco perde força no fim de semana e as temperaturas entram em elevação, mas na terça, quarta-feira ocorre um retorno do ar mais frio. Chuva? Talvez só lá pela sexta-feira, dia 21 — diz.
Doenças de inverno
Nesta sexta-feira (14), o frio continua, mas com um pouco menos de intensidade que na quinta. Dias assim normalmente significam ambientes menos arejados e pessoas mais próximas para o calor humano amenizar a sensação de frio. Combinação perfeita para a proliferação de vírus como o da Covid-19 ou gripe, alerta o infectologista Amaury Mielle. No caso do coronavírus, temperaturas mais baixas não têm relação direta com a propagação da doença, mas as atitudes (como ficar aglomerado para se aquecer), sim.
Já a influenza é sazonal, surgindo em determinados períodos do ano. Ar frio e seco é o cenário preferido deste tipo de vírus, que circula com maior facilidade. Por isso, a maior incidência ocorre no inverno. Mielle acredita que por conta do uso de máscaras e distanciamento a tendência é que a procura por médicos devido à gripe seja menor em relação a anos não pandêmicos, mas os cuidados precisam continuar — e até redobrar.
— As medidas que estamos fazendo para nos protegermos do SARS-CoV-2 se estendem para a influenza. Outra situação são os pacientes pulmonares crônicos, como os asmáticos ou que têm bronquite. Eles tendem a ter uma piora do quadro neste período e isso facilita a emergência de alguns vírus — alerta o médico.
A infectologista Sabrina Sabino complementa que, além de manter a circulação de ar nos locais, a vacinação é uma aliada (ainda mais) importante nesta época.
— [A falta de imunização] acaba disseminando algumas doenças respiratórias, a exemplo da vacina da pneumonia, da influenza e agora da Covid-19 também. Tem vários outros, mas estes são os principais — explica.
Foto: Diorgenes Pandini, DC
Fonte: NSC Total – DC – Por Bianca Bertoli