Pescador Jocildo Vieira da Silva desapareceu em abril deste ano do barco pesqueiro onde estava e nunca mais foi visto.
Prestes a completar oito meses do desaparecimento do pescador Jocildo Vieira da Silva, a Polícia Civil de Porto Belo e o IGP (Instituto Geral de Perícias) só fizeram nesta segunda-feira (12) a reconstituição dos fatos daquele dia 17 de abril.
As investigações do crime ainda não terminaram, e a família segue sem respostas. Dois tripulantes que estavam na embarcação Vô Genésio naquele dia participaram da reprodução simulada.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo era esclarecer fatos, principalmente a briga entre dois tripulantes, o que teria levado um deles a sangrar no barco. O sangue ainda vai ser analisado pelo IGP com amostras de DNA de um dos filhos de Jocildo e do envolvido na briga, que foi ferido com uma faca.
IGP e Polícia Civil tentaram refazer os últimos passos de Jocildo – Vídeo: Polícia Civil de Porto Belo/Divulgação
Possível homicídio
A polícia já não considera mais um simples desaparecimento. “Se fosse um simples desaparecimento, que tivéssemos indícios que foi só desaparecimento, não teria feito tanta diligência quanto está sendo feita. Começou com desaparecimento, mas em razão das provas angariadas podemos estar diante de um homicídio”, afirma.
O barco saiu do trapiche do Araçá, em Porto Belo, no início da tarde daquele sábado, com destino à Navegantes. Quando voltou, no entanto, Jocildo não estava mais na embarcação.
Segundo a delegada, os pescadores haviam bebido uma mistura a base de álcool de cozinha, leite condensado e suco em pó, conhecida como “jararaca”. Jocildo, no entanto, não havia bebido muito. Além da bebida, alguns tripulantes haviam usado cocaína.
Por estarem alterados, a briga teria iniciado entre dois tripulantes. Jocildo, no entanto, não teria se envolvido. Ele teria saído de perto da discussão, e não foi mais visto.
Fotos: Polícia Civil de Porto Belo/Divulgação
Fonte: ND+ KASSIA SALLES, ITAJAÍ