As festividades de final de ano, como Natal e Réveillon, estão entre os eventos que mais movimentam o comércio nacional. No entanto, neste ano, os consumidores esbarraram em um grande contratempo. Isso porque, os emissores de cartão de crédito aumentaram os prazos de entrega de itens de plástico ao consumidor, apontando que estão ocorrendo alguns problemas na cadeia de fornecimento de matéria-prima, principalmente quando o assunto são os chips.
A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) confirmou a adversidade, dizendo que tanto a instituição quanto as emissoras associadas têm acompanhado de perto a situação. Mastercard e Visa, as duas maiores bandeiras atuantes no país, também anunciaram a falta de matéria-prima.
“Como uma rede global de pagamentos, a Visa está trabalhando em estreita colaboração com nossos emissores, parceiros e principais grupos da indústria para analisar qualquer risco potencial para a produção de cartões habilitados para chip e ajudar a apoiar uma cadeia de fornecimento estável de microchips necessários para a fabricação de cartões de pagamento”, disse a Visa em nota. Com isso, a emissora se mostrou ciente da escassez global de microchips que tem afetado diversos setores ao redor do globo.
Atualmente, o cartão de crédito é uma das alternativas de pagamento mais usadas pela população graças à sua praticidade, e nos últimos meses sua utilização aumentou enormemente. Esse fenômeno se deve, em grande parte, à popularização das compras e aquisições de serviços no ambiente digital. Sendo que há até mesmo uma variedade de casas de apostas que aceitam cartão de crédito que facilitam a vida dos seus clientes. Que além de terem acesso a esse método de pagamento descomplicado, têm direito a promoções como às apostas gratuitas e/ou bônus de boas-vindas, que incrementam seu crédito e lhe garantem horas a mais de diversão.
Reclamações dos consumidores
Se o atraso não agrada as emissoras ou os comerciantes, a demora na produção e entrega dos cartões também incomodam os consumidores. Um cliente relatou que a emissora que ele contratou informou que houve um problema na confecção do seu cartão, com isso o item levou mais de um mês para chegar a sua casa, mesmo ele morando em uma capital. Em seu relato, o consumidor apontou que o atraso na entrega do item lhe prejudicou bastante, já que ele depende do cartão de débito e acabou ficando com uma conta inativa.
Em resposta à reclamação de outro consumidor, o Bradesco disse: “Por causa da pandemia, o prazo de entrega é de 15 a 30 dias úteis e começa a contar do dia útil seguinte a partir do pedido”. Ao longo desse mês, fintechs e bancos têm recebido uma enxurrada de reclamações dos clientes por conta dos atrasos, ainda assim, algumas instituições (Bradesco e Digio) têm afirmado que os prazos não foram alterados até o momento, apesar da falta de matéria-prima.
Thainan dos Santos, residente de Eduardo Magalhães (BA), relatou que pediu seu cartão de crédito da fintech Digio ainda em novembro. Segundo ele, o cartão tinha previsão de chegada para o dia 14 de novembro, contudo não veio. “Pedi há um mês o cartão para poder fazer compras maiores de Natal com mais de um cartão, mas a demora está me prejudicando. Reclamei, e a empresa não me deu um prazo novo. Se ficar muito tarde, vou ter de buscar outro banco”, aponta Santos.
Apesar do fato, sendo que a Digio está ligada ao Bradesco, o banco continua confirmando que sua emissão de cartões de débito e crédito não foi afetada pela escassez de chips. Enquanto isso, o Itaú também se posicionou sobre o assunto, apontando que não enxerga risco de atrasos na entrega dos cartões, já que realiza uma gestão antecipada dos itens para evitar esses imprevistos. No banco em questão, atualmente o prazo de entrega para o cartão é de 15 dias corridos.
Fonte: Melissa Souza