Acusado de feminicídio ficou foragido no Rio Grande do Sul e foi preso mais de um ano após o crime, que aconteceu em março de 2020.
O julgamento de Ireno Nelson Pretzel, de 65 anos, está marcado para dia 10 de março às 9h em Itapema no Litoral Norte de Santa Catarina, onde aconteceu o femínicídio da médica Lúcia Regina Gomes Mattos Schultz em 20 de março de 2020.
Ireno é o principal acusado do crime e ficou mais de um ano foragido, ele foi preso em abril de 2021 no Rio Grande do Sul. O julgamento será por tribunal popular pelos crimes de homicídio qualificado, com a qualificadora de femínicídio e asfixia, Ireno teria estrangulado a médica com as próprias mãos.
O acusado segue preso, em julho de 2021 a defesa de Ireno solicitou a liberdade do homem, mas o pedido foi negado. Ireno ficou mais de um ano foragido e foi preso em abril no Rio Grande do Sul. Segundo o delegado responsável pela prisão, ele já tinha inclusive uma nova namorada no município gaúcho de Charqueadas.
Ele foi preso em flagrante no dia no crime, 20 de março de 2020, e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juízo da Vara Criminal da comarca de Itapema.
Em junho do mesmo ano, no entanto, ele foi solto por decisão da Justiça. O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) entrou com recurso e a prisão preventiva foi reestabelecida em setembro, mas Ireno ficou foragido até abril de 2020.
Relembre o caso
A médica Lúcia Regina Gomes Mattos Schultz tinha 60 anos quando foi morta dentro da casa de veraneio da família, na região central de Itapema, logo no começo do lockdown imposto para evitar o contágio da Covid-19, ainda em março de 2020.
A PM (Polícia Militar) foi chamada por vizinhos por volta das 17h30 daquela sexta-feira, e precisou arrombar a porta do apartamento do casal para localizar a vítima. Ireno já havia deixado o imóvel, mas foi preso ao retornar para o apartamento, para pegar a carteira.
Ele contou à PM que agrediu a esposa durante uma discussão em que ela teria dado um tapa no rosto dele. Ireno é réu confesso do crime. Em março deste ano, Alex Blaschke Romito Almeida, o advogado de defesa do acusado, afirmou à reportagem do Grupo ND que, apesar de Ireno ter sido denunciado por feminicídio, a defesa entende que o crime se trata de homicídio simples.
Com informações do repórter Paulo Metling da NDTV Itajaí
Foto: Redes sociais/Reprodução/ND
Fonte: ND+, GRAZIELLE GUIMARÃES, ITAJAÍ