Polícia Civil investiga denúncia feita por fonoaudióloga que acusa tatuador de ter abusado dela durante procedimento.
Veio à tona na noite desta terça-feira (18), a denúncia de uma fonoaudióloga, de 24 anos, que acusa um tatuador de Itapema no Litoral Norte de Santa Catarina de ter abusado sexualmente dela durante a tatuagem. O crime foi na noite de segunda-feira (17).
De acordo com relato da vítima, ela teve as partes íntimas na virilha tocadas pelo tatuador. A tatuagem feita foi um tigre no quadril na moça, que deitou na maca para facilitar o desenho do profissional.
“No final, a mão dele começou a tocar minha genitália, por baixo da calcinha de biquíni. No início eu fiquei com muito medo, mas pensei que talvez ele estivesse apoiando, realmente, a mão. Mas aos poucos aquela mão foi chegando cada vez mais perto da minha vulva e eu, mesmo sentindo muito medo, precisei parar aquilo”, contou a vítima.
A fonoaudióloga postou o relato completo do que aconteceu nas redes sociais. A Polícia Civil afirmou que recebeu a denúncia por meio de boletim de ocorrência e o caso está sendo conduzido pelo delegado Aden, as investigações seguem sob sigilo.
“A minha calcinha está toda manchada de tinta em um lugar que não deveria! Estou vindo aqui pedir ajuda de vocês para que pelo menos aqui na região ele não faça mais isso com ninguém! Porque, pela confiança dele, pelo jeito que ele reagiu a situação, isso já aconteceu diversas vezes e pode acontecer (se ainda não) situações bem piores que essa. Isso é assédio!”, denunciou.
A vítima conta ainda que tirou a mão do tatuador do local e chamou um carro por aplicativo para ir embora. Os dois estavam sozinhos na barbearia, onde foi feita a tatuagem. Antes de sair do local, ela disse ao tatuador que o que tinha acontecido era assédio e que estava desconfortável com a situação.
“Com muito medo, eu tirei a mão dele. O Uber chegou, eu falei que estava ótimo assim [a tatuagem], levantei. Eu estava perplexa. Ele tirou uma foto da tatuagem e eu saí. Tinha duas portas trancadas. Ele destrancou e eu saí. Eu falei novamente o que tinha acontecido, que foi um assédio, que eu fiquei desconfortável e saí correndo pro Uber”, contou a vítima.
Por meio do relato, a jovem contou que antes do procedimento já havia identificado algumas coisas estranhas na postura do tatuador por meio de mensagens no WhatsApp, enquanto negociavam o horário e valor da tatuagem, “mas pensei que talvez pudesse ser coisa da minha cabeça”, disse.
Ela deixou um alerta às mulheres, para que denunciem esse tipo de abuso. “Nenhuma mulher pode passar por isso novamente… Eu estou em choque, me dói ver a foto dele, dói muito ter que falar sobre isso, mas é necessário nesse momento, para que ninguém mais passe por isso”.
Foto: Reprodução/Internet
Fonte: Redação ND, Itajaí