Otaviano Pivetta foi acusado de ter agredido a ex-companheira, Viviane Kawamoto, quando o casal estava em Itapema, em julho de 2021.
A Justiça catarinense decidiu arquivar o processo contra o vice-governador do Mato Grosso, Otaviano Pivetta (PDT). Ele foi acusado de agredir a ex-mulher, Viviane Cristina Kawamoto, enquanto o casal estava em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, em julho do ano passado.
O arquivamento vem após pedido do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Com o pedido, Pivetta não será nem mesmo indiciado pelo crime previsto na lei Maria da Penha.
Viviane ligou para a polícia para denunciar as agressões, e afirmou que o político teria batido a cabeça dela diversas vezes contra o sofá.
Ele foi preso no dia 7 de julho de 2021. Após a denúncia, Viviane teria alterado sua versão dos fatos, alegando que não havia sido agredida e que não queria denunciar o então marido. Já na delegacia, Viviane mudou novamente a versão dos fatos e voltou a afirmar que havia sido agredida. As declarações foram registradas em vídeo e estão anexos ao inquérito.
O promotor Luiz Mauro Franzoni Cordeiro, que assina o pedido de arquivamento, cita outras denúncias por violência doméstica, feitas por Viviane em Cuiabá/MT, mas que foram arquivados pelo Ministério Público do Mato Grosso, por ausência de justa causa.
O pedido foi apresentado na quarta-feira (23) e deferido pela Justiça nesta quinta-feira (24). Pivetta não será indiciado pelo caso.
Relembre
O laudo do Corpo de Bombeiros apontou escoriações e hematomas na testa, nos braços e nas coxas de Viviane, que após a primeira denúncia de violência por parte do vice-governador, ainda chamou a polícia outras duas vezes.
Na primeira vez em que pediu ajuda policial, ela desligou o telefone sem falar nada ao ser atendida. Na segunda tentativa, relatou que fora agredida pelo marido. Os policiais os levaram novamente até uma delegacia. As informações são do colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles.
Ouça a ligação feita por Viviane:
O que dizem os envolvidos
A defesa do vice-governador entrou em contato com a reportagem do ND+ e afirmou que “os depoimentos das testemunhas, que trabalhavam na residência no dia do ocorrido, foram imprescindíveis para aclarar as lacunas das várias versões apresentadas pela suposta vítima, que divergem entre si, possibilitando assim um melhor entendimento da dinâmica dos fatos e das acusações feitas por Viviane. Assim como aconteceu em outras oportunidades, a luz da verdade pairou sobre os fatos, mostrando a índole e retidão do nosso cliente’’, completou a advogada Julia Linhares.
A reportagem tentou contato com o advogado de defesa de Viviane Kawamoto, mas até as 16h30 desta quinta-feira, não obteve retorno.
Foto: Reprodução Internet
Fonte: ND+, KASSIA SALLES, ITAJAÍ