A falta de manutenção na ponte que liga o Bairro Meia Praia, em Itapema, ao Perequê, em Porto Belo, tem causado preocupação entre os moradores. A estrutura aparenta desgaste principalmente nas vigas de sustentação, semi-submersas no Rio Perequê. O risco de uma interdição veio à tona esta semana, depois que outra ponte precisou ser demolida em Itapema porque começou a desabar.
A causa do problema parece estar no jogo de empurra: há 16 anos um decreto do governo do Estado tornou bem municipal a estrutura, que até então fazia parte do mapa de rodovias de Santa Catarina. A partir daí a manutenção deveria ter ficado a cargo das prefeituras.
Mas então, esbarrou em outro problema: uma cidade não pode mexer na ponte sem a outra, e sem a interferência de um convênio que autorize o investimento conjunto.
No fim das contas, a burocracia parece ter feito com que a necessidade de manutenção fosse esquecida até que os problemas passaram a saltar aos olhos.
Em 2010 a prefeitura de Itapema chegou a fazer um laudo apontando o desgaste, mas o processo não caminhou. No início deste ano, o atual prefeito, Rodrigo Bolinha (PSDB), viu pessoalmente o estrago ao navegar o Rio Perequê em busca da causa de uma mancha que havia chegado à praia, e diz ter se preocupado com as vigas de sustentação.
Tanto Bolinha quanto o prefeito de Porto Belo, Evaldo Guerreiro (PT), entendem que, diante das dificuldades financeiras dos municípios, é preciso recurso estadual para mexer na estrutura. A proposta será formalizada através da Amfri.
Foto: Lucas Correia
Fonte: O Sol Diário – Guarda-sol – Dagmara Spautz