Quem esteve na praia do Perequê na manhã desta quarta-feira (01) se espantou com a quantidade de caranguejos na faixa de areia. A situação gerou denúncias junto à FAMAP que foi até o local realizar a vistoria.
O diretor de licenciamento ambiental e controle de poluição, biólogo Carlos Alberto Rocha foi até o local juntamente da presidente da FAMAP Ana Paula Bunn e constatou quantidade considerada de crustáceos no local. A explicação, após avaliação do biólogo, é de que o ocorrido tenha sido ocasionado pela quantidade elevada de água doce no mangue às margens do Rio Perequê, habitat natural dos animais.
“O que ocorreu hoje é um processo natural. As fortes chuvas nestes últimos dias aumentaram o nível de água doce no rio e consequentemente, os caranguejos saíram a procura de água salobra (aquela que apresenta mais sais dissolvidos que a água doce e menos que a água do mar) e isso os levou para o mar. Também pudemos verificar ao longo da faixa de areia vestígios de vegetação aquática, o que comprova o elevado nível de água no rio, que acabou arrancando a vegetação” – explica Carlos.
A FAMAP reforça que retirar estes caranguejos da praia é considerado crime ambiental e principalmente, não orienta a população a consumi-los, considerando o índice de poluição das águas do Rio Perequê.
Carlos ainda reforça que os caranguejos podem voltar para seu habitat natural assim como podem ocorrer animais mortos na orla, tudo depende da condição e distância percorrida pelo mesmo.
Fonte: Ana Maria Cordeiro – Assessora de Imprensa – Prefeitura Municipal de Porto Belo