A última sexta-feira, dia 15 de maio, foi de atividade diferenciada para os alunos do 1 e 2 anos do período matutino, e 1 e 3 anos do período vespertino da Escola Básica Municipal Dona Dima Mafra. Os pequenos estiveram no rancho de pesca do Seu Carlos Adrião Pinheiro, o Mestre da Cultura Tradicional de Bombinhas Naro, na praia da Sepultura, acompanhados por suas professoras, Cristina Melo e Marilene Jucélia da Silva.
A ideia partiu das docentes, regentes das turmas, que vislumbraram na visita a oportunidade de repassar aos pequenos o conhecimento acerca da pesca artesanal da tainha. Com a temporada de pesca desta categoria aberta, os alunos puderam ver as sete canoas do Mestre Naro, inclusive a Aventureira que é a mais antiga de Bombinhas e região, com quase 300 anos de existência.
O objetivo foi para que os alunos bebessem direto na fonte e entendessem um pouco mais sobre a pesca artesanal, já que este é o tema da escola para o 22 Açor, que Bombinhas sedia entre os dias 2 e 4 de outubro.
Durante os festejos as unidades escolares locais disporão de estandes para expor os trabalhos realizados durante o ano, além de relatar aos visitantes o conteúdo apreendido. A professora Marilena, que leciona para o 2 e 3 anos, explicou que as vivências deste dia os alunos levarão para o resto da vida, alguns são de famílias tradicionais, nascidos em Bombinhas, mas muitos nasceram em outras localidades e vivem atualmente na península e ter a oportunidade de vivenciar a pesca artesanal proporciona conhecimento e o sentimento de pertença do lugar. É primordial para entender e valorizar a importância da pesca artesanal da tainha para a cultura bombinense. Com a visita eles se apropriam do saber de que madeira é feita a canoa, o que é braça e as diferenças dos remos, destaca Marilene.
Já a professora Cristina, sobrinha do Mestre Naro e filha de pescador, não continha a empolgação, era impossível saber quem estava mais feliz as crianças ou a professora. Esta é a minha tradição, a minha raiz, ressalta Cristina.
O Mestre Naro e o filho Claudir, deram uma lição aos pequenos, com idades entre 6 e 8 anos, que puderam esclarecer todas as dúvidas que suas mentes viajantes foram capaz de formular. O pescador aposentado ao lado de suas relíquias conta que é uma lembrança da história que vai permanecer com os alunos e salienta que a pesca já foi muito farta, hoje é escassa, mas permanece firme. Quem gosta de história não precisa estar aqui, basta ler, mas o que foi visto e tocado isto não se esquece, fala, sabiamente, o Mestre Naro.
Além das professoras Cristina e Marilena também acompanhou os alunos a monitora Eliane Zulma de Melo.
Fonte: Prefeitura Municipal de Bombinhas