Guarda-vidas que usavam camisetas pretas foram dispensados do trabalho na tarde de quinta-feira em Bombinhas. O luto era uma manifestação por reajuste na diária paga pelo Estado à categoria.
De acordo com o comandante dos bombeiros em Porto Belo, sargento Edenílson Maciel, a suspensão durou apenas cerca de duas horas. Nesse período, os sete guarda-vidas da praia de Bombas suspensos foram substituídos por bombeiros militares.
Todos os 24 guarda-vidas da cidade iniciaram o dia trabalhando de luto, conforme o comandante. Eles foram advertidos e a maioria trocou a camiseta e voltou ao trabalho com o uniforme.
Os sete que permaneceram em protesto foram mandados para casa. Mas eles também acabaram desistindo da manifestação e retomaram as atividades durante a tarde, passadas apenas duas horas, de acordo com o comandante.
O uso da camiseta preta é uma manifestação por melhores condições de trabalho e, principalmente, reajuste no valor das diárias. Atualmente o valor pago por dia a cada guarda-vidas é de R$ 125.
A diária foi reajustada na segunda quinzena de fevereiro, até então era de R$100. Contudo, os guarda-vidas querem que o valor passe a R$ 150.
O comandante-geral dos bombeiros em Santa Catarina, coronel Marcos de Oliveira, afirma que o reajuste pedido está fora de cogitação. Segundo ele o governo estadual definiu um reajuste de 21% e acabou dando os 25%, que estaria acima da inflação.
Conforme o comandante, a manifestação dos guarda-vidas em Bombinhas iniciou no Carnaval e eles haviam sido advertidos de que na quarta-feira teriam que retornar ao trabalho uniformizados. Os que se negaram a cumprir a norma não foram contratados para o dia de trabalho até que a roupa fosse mudada.
O SOL DIÁRIO