Estado saiu da marca de 39 mil pessoas em tratamento da doença, a maior da pandemia, para 25,8 mil. Mas número ainda é alto, se comparado aos picos do ano passado.
Em quase um mês, Santa Catarina reduziu 33% o total de casos ativos, que estão em tratamento contra a covid-19 e são capazes de transmitir o vírus. Em 6 de março, o Estado somava 39.017 ativos, a maior marca em toda a pandemia. Nesta quinta-feira, 1º, o total caiu para 25.896.
Apesar da redução em um terço no período, o atual número de pessoas em tratamento contra a covid-19 ainda é bem elevado, se considerar os outros dois picos da transmissão da doença registrados no Estado, em agosto e dezembro do ano passado.
Na primeira grande onda de casos e mortes em Santa Catarina, ocorrida entre o final de julho e início de agosto, o Estado registrou o pico de 13.241 casos ativos, no dia 1º de agosto, antes de iniciar uma sequência de reduções. Com aquele montante, o índice de ocupação de leitos de UTI adulto, onde estão 99 em cada 100 pacientes de covid no Estado, chegou a 87,8% em 5 de agosto. O valor atual de casos ativos é praticamente o dobro do registrado em agosto.
Já na onda de dezembro, o pico foi de 33.034 casos ativos no dia 2 daquele mês. Cerca de 10 dias depois, a taxa de ocupação dos leitos adultos de UTI chegou a 94,4%. No entanto, a média diária de casos ativos em dezembro ficou em 25.642, pouco abaixo do índice registrado nesta quinta-feira, apesar da queda gradativa desde a segunda quinzena de março.
Queda no Estado foi puxada principalmente pelo Oeste
A queda de casos ativos registrada em Santa Catarina foi causa principalmente pela redução observada no Oeste. Com medidas mais restritivas de circulação de pessoas, Chapecó e Xanxerê puxaram para baixo o índice da região.
O Oeste deixou de ser a primeira das seis grandes regiões com mais pessoas em tratamento contra a covid-19 e agora é a quarta (veja detalhes no gráfico acima), com 4.404. No entanto, as demais cinco regiões continuam com números elevados e muito parecidos. Elas apresentam estabilidade e dificuldades para reduzir o total de casos ativos.
Agora, o Vale do Itajaí (5.721), o Planalto Norte (5.478) e a Grande Florianópolis (4.462), são as regiões com maior participação no total estadual de casos ativos. O Sul do Estado (4.176) também apresenta números parecidos com os do Oeste.
Redução é importante para aliviar o sistema de saúde
Nesta quinta-feira, o índice geral de ocupação dos leitos adultos de UTI do SUS era de 97,8% e havia 280 pessoas na fila de espera por uma vaga na terapia intensiva (veja detalhes no gráfico abaixo). Além disso, o total de internados em UTIs públicas e privadas com covid-19 era de 1.217 pessoas, a segunda maior marca de toda a pandemia.
O Estado vive o colapso no sistema de saúde desde o final de fevereiro. Como parte dos casos ativos pode ter agravamento dos sintomas da covid-19 e precisar do sistema de saúde para se tratar nas próximas semanas, é importante que o número continue em queda para não aumentar ainda mais a fila de espera por leitos e desafogar o sistema de saúde.
Foto: Diorgenes Pandini
Fonte: NSC Total – DC – Por Cristian Edel Weiss