Número que corresponde a valorização acumulada durante o ano ultrapassa índice da cidade vizinha e é um dos mais altos do país.
Além do metro quadrado mais caro, as “vizinhas” Balneário Camboriú e Itapema, no Litoral Norte de SC, disputam também pela maior valorização imobiliária. O relatório da FizeZap+ divulgado em julho mostra que, durante 2023, os imóveis em Itapema registraram uma variação acumulada de 12,5%, contra 8,28% da “Dubai brasileira”.
Os números foram divulgados pelo informe de julho de 2023 do Índice FipeZap+ de venda residencial. O relatório traz dados da variação do comportamento do preço de venda de imóveis residenciais em cidades monitoradas ao redor do país.
No acumulado de 2023, Itapema aparece em segundo lugar do relatório, com variação acumulada de 12,5%, atrás somente de São José, na Grande Florianópolis, que teve uma variação de 14,01%.
Depois de Itapema, aparecem as cidades de Maceió (AL), com 10,03%, Itajaí, também no Litoral Norte de SC, com 9,19%, Campo Grande (MS), com 8,95%, São José dos Campos (SP), com 8,90%, e, em sexto lugar, Balneário Camboriú, com 8,28%.
Já na variação dos últimos 12 meses, Balneário Camboriú sai na frente e tem o maior número entre as cidades monitoradas pela FizeZap+ no país: 21,27% de valorização imobiliária.
O número se destaca por ser cerca de quatro vezes maior do que a média nacional divulgada pelo Índice FipeZap+, que fica em 5,61%. A cidade aparece muito a frente de outros grandes centros urbanos do país, o que mostra a franca expansão e valorização do setor na região.
Contudo, algumas causas podem explicar a diferença entre os números dos dois municípios. De acordo com o CEO e fundador da WSelent Empreendimentos, Waldo Selent, construtora que atua há cerca de dez anos no mercado imobiliário da cidade, vários fatores fazem de Itapema a bola da vez no mercado imobiliário brasileiro.
“Enquanto Balneário Camboriú já lida com a escassez de terrenos, o mercado imobiliário de Itapema ainda tem muito para crescer. Além do alargamento da faixa de areia, que deve impactar na valorização dos imóveis frente mar e quadra mar, há mais opções de espaços na orla na praia para novos imóveis”, avalia Waldo.
E a cidade conta com diversos empreendimentos luxuosos que registram essa valorização dia após dia. O empreendimento Santa Mônica, por exemplo, passou de R$ 660 mil no lançamento em 2017 para R$1,5 milhão em 2023, uma valorização de 127%. Os compradores são clientes, principalmente, do Sul do país, além do exterior.
“Itapema é um destino turístico nacional, onde muitas pessoas buscam ter um segundo imóvel, além de atrair cada vez mais olhares do público de outros países. No caso do empreendimento Santa Mônica tivemos venda, inclusive, para o mercado norte-americano”, complementa a vice-presidente na WSelent Empreendimentos, Pâmela Selent.
Outras cidades de SC se destacam em índice
Ao longo dos últimos 12 meses, Itajaí registrou um crescimento de 15,89% na valorização imobiliária dos imóveis residenciais. Já em 2023, o município teve uma variação acumulada de 9,19% no preço dos imóveis.
Os municípios de Florianópolis, Blumenau, Joinville e e São José também aparecem no relatório. A capital catarinense teve uma variação anual de 12,76%, enquanto a maior cidade do estado, Joinville, registrou 9,62% de variação no ano. Blumenau teve 13,92% de variação acumulada nos últimos 12 meses e São José 20,18%.
Além da valorização, disputa segue por metro quadrado mais caro
Balneário Camboriú e Itapema seguem na “disputa” pelo metro quadrado mais caro do país. No relatório de julho da FipeZap+, o valor médio do metro quadrado de venda de imóveis residenciais Balneário Camboriú ficou em R$ 12.335.
Itapema, na segunda colocação nacional, tem o preço médio de R$ 11.717. Vitória (ES) e São Paulo (SP) aparecem em terceiro e quarto lugar, e são seguidas pelas catarinenses Florianópolis, com R$ 10.313 e Itajaí, com R$ 10.106.
Foto: Prefeitura de Itapema/Reprodução/ND – Prefeitura de Itajaí/Reprodução/ND
Fonte: ND+, NATHALIA FONTANA, ITAJAÍ