Irmãos que mataram homem inocente para ‘fazer justiça’ em Itapema têm condenação mantida

Irmãos que mataram homem inocente para ‘fazer justiça’ em Itapema têm condenação mantida

Irmãos que fizeram justiça com as próprias mãos ao matar inocente têm condenação mantida – Foto: Bill Oxford/Unsplash/ND

Condenados queriam fazer “justiça com as próprias mãos” ao matarem acusado de estupro.

Dois irmãos que mataram um homem em situação de rua para fazer “justiça com as próprias mãos” em Itapema tiveram a condenação mantida após decisão do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina). Investigações provaram que a vítima era inocente, após ter sido acusado de estupro.

Irmãos que fizeram justiça com as próprias mãos ao matar inocente têm condenação mantida – Foto: Bill Oxford/Unsplash/ND

Irmãos que fizeram justiça com as próprias mãos ao matar inocente têm condenação mantida – Foto: Bill Oxford/Unsplash/ND

Eles foram condenados por homicídio e ocultação de cadáver. O irmão que usou um martelo para matar foi sentenciado a 19 anos e 10 meses e, o segundo, a 18 anos e oito meses de reclusão, todos no regime fechado. O crime aconteceu em 2016.

A mãe dos acusados estava a caminho do trabalho quando foi estuprada por um homem de bicicleta. No hospital, ela indicou um primeiro suspeito, mas voltou atrás da acusação.

Depois, a PM (Polícia Militar) apresentou um segundo suspeito, um homem em situação de rua. A vítima confirmou de imediato, mas a versão do acusado, de que ele estava dormindo em outro local no momento do crime, foi confirmado e ele foi colocado em liberdade.

Revoltada, a vítima foi às redes sociais e começou a incentivar a violência contra o suspeito. Afirmou ter sido violentada pela pessoa em situação de rua, colocando o nome do homem.

Acusado foi provado inocente

Os dois filhos da vítima identificaram o homem e mataram ele com golpes de martelo e de um paralelepípedo. O corpo foi escondido perto de uma área de extração de areia e localizado apenas dois dias após o estupro.

Após o segundo crime, a Polícia Científica comparou o sêmen encontrado na mulher violentada com o DNA do homem assassinado e o resultado foi negativo.

Os irmãos foram condenados separadamente e recorreram ao TJSC, pedindo a anulação do julgamento, ao apontarem que a decisão dos jurados foi contrária as provas e, assim, solicitaram a redução das qualificadoras de motivo torpe, cruel e dissimulação; além de solicitarem a justiça gratuita.

Mas segundo o relator, as provas estão evidenciadas, assim como o motivo torpe – vingança pelo estupro -, meio cruel – golpes de martelo e paralelepípedo -, e dissimulação – eles atraíram a vítima dizendo que dariam cigarros a ele.

Foto: Bill Oxford/Unsplash/ND
Fonte: ND+, REDAÇÃO ND, ITAJAÍ