Segunda fase da operação Sutura da Polícia Civil, que já havia identificado desvios na saúde de Penha, identificou ação criminosa semelhante em Itapema.
A segunda fase da operação Sutura da Polícia Civil foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (30) em cidades do Litoral Norte de Santa Catarina e apura o desvio de dinheiro da Saúde pública de Itapema por meio de uma Organização Social.
A operação ocorre por meio da Deccor (Delegacia de Combate à Corrupção), da DEIC e PCSC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Santa Catarina), com o apoio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Piçarras.
Mandados foram cumpridos nas cidades de Itapema, Balneário Camboriú, Porto Belo, Navegantes, Curitiba (PR) e Pelotas (RS). O inquérito policial foi instaurado na DEIC/PCSC e tem como objetivo a apuração de desvios na área da saúde pública por intermédio de uma Organização Social em Itapema, a qual prestou serviços de 2013 até o início de 2017, no Hospital Santo Antônio.
A investigação é uma continuidade dos fatos apurados que culminou com a deflagração da primeira fase da operação Sutura, cujo o procedimento descortinou uma organização criminosa que possuía o objetivo de se apropriar ilicitamente do dinheiro destinado à Saúde do município de Penha.
À época da primeira fase da operação, tinha-se ciência de que o município de Itapema destinou mais de R$ 18 milhões à mesma organização sediada em Penha. Todavia, ainda não havia indícios suficientes do esquema criminoso operado na cidade.
Em síntese, de acordo com o apurado pelas forças de segurança, a investigação aponta que o modus operandi do crime se manteve igual ao identificado na cidade de Penha, trocando apenas alguns agentes da organização criminosa.
Na investigação policial que culminou na operação desta quarta-feira, parte dos valores do contrato firmado entre a Organização Social e o município de Itapema, cujo objeto era gerir o Hospital Santo Antônio, foi desviado para empresas prestadoras de serviços e a agentes políticos que, na época, eram responsáveis pela gestão do contrato no município.
No total, foram expedidos pelo Poder Judiciário de Balneário Piçarras 14 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens dos investigados a fim de reparar o dano sofrido pelo município de Itapema.
Prestaram apoio aos trabalhos, além das delegacias da DEIC/PCSC, a CECOR, 1ª DECOR da Capital, Deccor/DEIC do Rio Grande do Sul e COPE do Paraná.
O ND+ entrou em contato com a prefeitura de Itapema a cerca da operação, de acordo com a prefeita Nilza Simas (PSD) o desvio se trata da última gestão da cidade.
Fotos: Polícia Civil/Divulgação
Fonte: REDAÇÃO ND, ITAJAÍ