PORTO BELO – Porto Belo segue com interdição preventiva nas áreas de cultivo de moluscos

PORTO BELO – Porto Belo segue com interdição preventiva nas áreas de cultivo de moluscos

Nova nota técnica divulgada pela Secretaria do Estado de Agricultura e Pesca, dia 26 de agosto, informa que Porto Belo segue com a interdição preventiva na retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões, devido a presença de toxina diarréica (DSP) que pode causar intoxicação alimentar. Novas amostras serão colhidas nos moluscos e na água no dia 2 de setembro nas três localidades produtivas do município: Perequê, Araçá e Ilha João da Cunha. Assim que os resultados mostrarem que não há contaminação, serão imediatamente liberadas.

Fernando Amadeu Raulino, Secretário de Pesca e Aquicultura de Porto Belo, esclarece que a contaminação nas localidades de Porto Belo continuam sendo detectadas nos testes devido ao município não ter uma vazão de água tão significativa como acontece nas localidades vizinhas. “Porto Belo é uma baía e por isso não tem tanta vazão de água, mas acreditamos que o exame que será feito na próxima semana já deve apontar baixa concentração da alga DSP, como aconteceu para as áreas vizinhas desinterditadas nesta semana”.

Segundo Raulino, Porto Belo tem 13 áreas de cultivo, mas somente Perequê, Araçá e Ilha João da Cunha estão produzindo. “Numa área de cultivo da Ilha João da Cunha são produzidas, em média, duas toneladas de mariscos e ostras ao mês”.

Entenda:

Na última quinta-feira (21), a Secretaria do Estado de Agricultura e Pesca informou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina, proibindo a retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar. A interdição preventiva de todo o litoral catarinense foi uma medida para preservar a saúde pública, pela possibilidade da contaminação dos moluscos bivalves em diversas áreas do litoral catarinense.

A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008. Uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar.

Prefeitura Municipal de Porto Belo