O vento forte e o mar agitado impediram o desembarque dos passageiros do navio que abriria a temporada de cruzeiros em Porto Belo. O transatlântico Marina chegou a cidade pouco antes das 8h desta terça-feira e chegou a ancorar, mas, em função da falta de segurança para conduzir os visistantes ao píer, a escala foi cancelada e a embarcação seguiu para o Rio Grande do Sul.
Esta foi a primeira vez que um desembarque não ocorreu em Porto Belo por falta de condições climáticas. O coordenador de Promoções e Eventos da Fundação Municipal de Turismo, Patrick Klabunde, explica que a baía da cidade tem águas calmas e dificilmente o vento é forte, por isso esse tipo de imprevisto não é comum.
O que ocorreu é que este navio tem um público de idade mais avançada e como o tender (bote) não conseguia parar ao lado do navio em função do mar agitado, o comandante não achou seguro o desembarque afirma.
Klabunde aponta que a baía de Porto Belo é considerada por muitos comandantes uma das mais belas do país justamente pelas qualidades naturais e que a situação não é um problema.
Conforme o supervisor de turismo da Fundação, Marcos Aurélio Jaques, os botes são dos transatlânticos, que sempre são responsáveis pelo transporte dos passageiros até o píer. Quando os navios são muito grandes, as empresas acabam contratando escunas de Porto Belo para auxiliar no deslocamento, mas a iniciativa precisa ser do próprio cruzeiro.
No caso do Marina não adiantaria as escunas, porque o mar estava muito agitado e elas não encostariam corretamente para pegar os turistas avalia.
O transatlântico Marina, da Oceania Cruises, é considerado um cruzeiro de luxo, que atrai geralmente pessoas com mais de 50 anos em busca de tranquilidade. Com 2.050 tripulantes, entre hóspedes e funcionários, o navio seria o único a fazer escala em Porto Belo neste mês. A próxima embarcação a fazer escala no município chega dia 17 de dezembro.
O imprevisto reduz ainda mais o número de escalas previstas para o município neste ano agora serão 13 navios, contra 43 da temporada 2012-2013. Essa queda ocorre em função da falta de alfandegamento na cidade. Sem um local apropriado para nacionalização, os transatlânticos precisam atracar em outros portos, como Imbituba, antes de chegarem a Porto Belo o que eleva custos e atrasa os cruzeiros.
Foto: Marcos Porto / Agência RBS
Fonte: O SOL DIÁRIO
