Ao lado de Mato Grosso, o Estado liderou o nível de ocupação no Brasil, enquanto o país teve queda, aponta o IBGE.
Enquanto a desocupação bateu novo recorde em novembro no país, atingindo 14 milhões de trabalhadores, Santa Catarina liderou, ao lado de Mato Grosso, o índice de ocupação durante a pandemia de coronavírus. Os dados são da pesquisa PNAD Covid-19, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Santa Catarina registrou em novembro 3,45 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, contra 3.37 milhões em junho. Conforme o IBGE, foram 82 mil trabalhadores a mais em atividade no último mês.
A taxa de desocupação catarinense também foi a menor entre os Estados em novembro: de 7,6%. O indicador chegou a 14,2% no país, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em maio. Isso corresponde a 14 milhões de pessoas sem trabalho no Brasil.
Com o resultado, 57,8% dos 5,97 milhões de catarinenses em idade de trabalhar (a partir dos 14 anos) estavam ocupados em novembro, o maior nível entre os estados, empatado com o Mato Grosso. O índice de ocupação nacional foi de 49,6%, e o do Sul, de 56,4% – o maior entre as regiões do país.
Afastamentos do trabalho diminuem
Santa Catarina também teve redução no número de pessoas ocupadas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social. Conforme o IBGE, as 67 mil pessoas nessa condição representaram 10 mil a menos em novembro em relação a outubro. O percentual de trabalhadores afastados do serviço devido ao distanciamento social tem recuado gradativamente, saindo de 8% em maio para 2% em novembro.
Informalidade é a menor do país
Outro ponto de destaque para Santa Catarina é a taxa de informalidade, que se mantém como a mais baixa do Brasil, embora tenha aumentado um pouco. Das pessoas ocupadas, 20,1% estavam na informalidade em novembro. Isso quer dizer que das 3,45 milhões de ocupadas, 692 mil trabalhavam em atividades informais, 3 mil a mais em relação a outubro.
No Brasil, a taxa de informalidade nacional é de 34,5%, o que representa 29,2 milhões de pessoas.
A informalidade leva em conta o total de pessoas ocupadas em cinco categorias: empregado do setor privado sem carteira assinada; trabalhador doméstico sem carteira assinada; empregador que não contribui para o INSS; trabalhador por conta própria que não contribui para o INSS; e trabalhador familiar auxiliar (trabalhador não remunerado em ajuda a morador do domicílio ou parente).
Menos pessoas em trabalho remoto
O Estado também tem registrado redução no total de pessoas que trabalham remotamente. Em maio, esse indicador representava 9% da população ocupada. Em novembro, caiu para 7,5%. São 246 mil pessoas trabalhando remotamente – 9 mil a menos que em outubro. No Brasil, a média é de 9,1%.
Proporção de domicílios com auxílio emergencial em SC é a menor do Brasil
Em novembro, caiu para 22% a proporção de domicílios de Santa Catarina cujos moradores receberam auxílio emergencial do governo federal. É o menor percentual entre os Estados e registra queda desde agosto.
No país, em 41% domicílios ao menos um morador recebeu algum auxílio do governo para enfrentar a pandemia em novembro. No mês anterior, esse percentual foi de 42,2%. Foram atendidos cerca de 28,1 milhões de domicílios em novembro frente aos 29 milhões de outubro. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 558 por domicílio.
Foto: Diorgenes Pandini
Fonte: NSC Total – DC – Por Cristian Edel Weiss