Indicador foi um dos mais baixos do país na comparação com outros Estados e ficou abaixo do índice nacional, de 6%. Dados sobre testagem foram divulgados na PNAD Covid-19.
Um total de 5% da população de Santa Catarina fez algum teste para detectar a covid-19 entre o início da pandemia e julho deste ano. O percentual representa que 363 mil moradores do Estado já haviam feito algum teste para detecção da doença até aquele mês.
Santa Catarina teve o sexto pior percentual de testes entre os 27 estados. No Brasil, o percentual da população que fez algum dos testes foi de 6,3%, o equivalente a 13,3 milhões de pessoas.
Os números foram divulgados na Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios (PNAD) Covid-19, feita pelo IBGE.
Do total de pessoas que fez o teste no Estado, 66 mil pessoas (18,2%) testaram positivo e 297 mil (81,8%) receberam o resultado negativo para a doença.
O percentual de testagem foi maior entre as mulheres (5,2%) que entre os homens (4,8%). Já o grupo de idade que mais fez testes foi o de 30 a 59 anos (6,8%), seguido pelo de 20 a 29 anos (6,1%). No grupo de 60 anos ou mais somente 3,5% fez um dos testes para covid-19 até julho.
A população preta ou parda de SC (5,5%) teve um percentual de pessoas que fez testes maior que a população branca (4,9%). Segundo o IBGE, o percentual de pessoas que testaram é maior conforme aumenta o nível de instrução: vai de 2,4% entre os sem instrução ou com fundamental incompleto até 9% entre os que tem ensino superior completo ou pós graduação.
Atividade escolar
A pesquisa também trouxe novos indicadores como a análise das atividades escolares. Segundo o IBGE, até julho havia 1,46 milhão de pessoas que frequentavam escola e, dessas, 1,34 milhão tiveram atividades disponibilizadas naquele mês (91,8% do total).
Esse percentual de alcance das atividades foi o maior do país. No Brasil o percentual dos que tiveram atividades escolares foi de 72%. Na região Sul, 87%. Para 61% desses estudantes, a rotina dessas atividades envolvia cinco dias da semana.
SC segue com menor taxa de desocupação do país
O estudo também apontou a taxa de desocupação em Santa Catarina, que ficou em 8,4% em julho e novamente foi a menor do país em comparação com os outros Estados. A taxa caiu 0,2% em relação a junho, mês em que havia sido registrada alta. Até julho SC tinha 312 mil pessoas desocupadas, 5 mil a menos que em junho. No Brasil, a taxa foi de 13,1% e na região Sul, de 10,3% – ambas subiram em relação a junho.
O percentual de pessoas ocupadas na informalidade em julho foi de 20,1%, o menor entre todos os Estados. Também houve queda, de 0,5% frente a maio. Eram 677 mil trabalhadores informais em julho em SC, 18 mil a menos que em junho.
Trabalho remoto abrange 8,5% da população ocupada em SC
A pesquisa também levantou informações sobre o trabalho remoto durante a pandemia do novo coronavírus. O percentual de pessoas que trabalhavam em home office em julho foi de 8,5% do total de pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho.
O percentual de SC foi o 15º maior do país nesta análise. Eram 266 mil pessoas que trabalhavam remotamente em julho, 4 mil a mais que em junho, embora o percentual tenha caído 0,1%.
No Brasil o percentual de pessoas ocupadas e não afastadas em trabalho remoto foi de 11,4% e na Região Sul foi de 10,2%.
Foto: Diorgenes Pandini, Diário Catarinense. arquivo
Fonte: NSC Total – DC – Por Jean Laurindo