Um levantamento do Observatório Covid-19 da Fiocruz identificou que 63% dos casos de coronavírus no Estado são causados por novas variantes, mais transmissíveis. Nesta quinta-feira (4), a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) confirmou os primeiros casos de transmissão comunitária da variante P.1, a variante brasileira.
Foram analisadas cerca de mil amostras dos estados de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de acordo com o protocolo desenvolvido pela Fiocruz Amazônia que detecta a presença das três ‘variantes de preocupação’– brasileira, sul-africana e do Reino Unido – em testes de RT-PCR. A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Coordenação Geral de laboratórios de Saúde Pública.
A análise identifica alterações na proteína Spike, que conecta o vírus às células. Esta é uma característica comum às três variantes. Elas são consideradas mais transmissíveis porque registram uma carga viral mais alta entre os infectados.
No caso de Santa Catarina, seis a cada dez testes apontaram presença das ‘variantes de preocupação’. A prevalência é semelhante à de outros estados – dos oito avaliados, seis registraram variantes em mais da metade dos casos analisados. As exceções são Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo para a mutação e, Alagoas, com 42,6%.
O que fazer
O comunicado emitido pela Fiocruz indica que, diante do quadro, é recomendada a aceleração da vacinação no país e medidas mais rigorosas para reduzir a circulação de pessoas . As recomendações incluem, ainda, implementação imediata de planos e campanhas de comunicação, fortalecimento do sistema de saúde e um ‘pacto nacional’ para o enfrentamento da pandemia no país.
Foto: Luiz Carlos Souza
Fonte: NSC Total – Dagmara Spautz – Por Dagmara Spautz